Leia diversidade, leia Morro Branco

Leia diversidade, leia Morro Branco

Vivemos em um mundo diverso e nada é mais natural do que encontrar essa pluralidade também na literatura. Trabalhar a diversidade é não ter medo de inovar, e este é um dos compromissos que a Morro Branco sempre assumiu para com seus leitores.

Com um catálogo que explora diferentes nacionalidades e que busca vozes com histórias nos mais diversos contextos, escolhemos neste mês do orgulho falar um pouco sobre alguns nomes do nosso catálogo que são parte da comunidade LGBTQIAPN+ e que escrevem histórias de representatividade.

E, para começar, é impossível não viajar lá para o começo de Morro Branco, com a autora Charlie Jane Anders, uma mulher trans que fala de ficção cientifica em suas obras, explorando diferentes universos, personagens e tramas. Vencedora de vários prêmios, como o Nebula e o Locus, a autora foi finalista do prêmio Hugo com o livro Todos os pássaros no céu. Na trama, os amigos de infância Patrícia e Laurence se encontram em lados opostos de uma guerra entre magia e ciência.

Com uma brilhante estreia na literatura, que une contos ao afrofuturismo e outros projetos da carreira, a artista multifacetada Janelle Monáe se assumiu como parte da comunidade em 2018, falando sobre em uma entrevista para a revista Rolling Stone. Em A bibliotecária de memórias e outras histórias de Dirty Computer, ela nos traz seu pensamento diverso e libertador permeado por questionamentos sociais.

Nicole Dennis-Benn, mulher negra que protagonizou o primeiro casamento homoafetivo na Jamaica, usa a literatura para falar de vivências ignoradas pela sociedade em seu país de origem. Bem-vindos ao paraíso é o retrato intenso e doloroso da vida de uma jovem negra, lésbica, mas que vive em um contexto de violência e exploração sexual.

O autor de ficção cientifica Samuel R. Delany escreve em seus textos sobre novas sociedades intergalácticas e diferentes povos, como é possível ler em Babel-17/Estrela Imperial. Em sua vida pessoal, teve dois relacionamentos duradouros e, mesmo que um deles tenha sido heteronormativo, desde 1991 vive um relacionamento homoafetivo.

TJ Klune usa a fantasia para colocar em pauta as diferentes cores de ser um homem gay, e reforçar a representação positiva de pessoas que, assim como ele, fazem parte da comunidade LGBTQIAPN+. Na série Green Creek, acompanhamos os irmãos da família Bennett e seus relacionamentos com os moradores da pequena cidade em que vivem. Nos romances A casa no mar cerúleo e Através da porta sussurrante, seus respectivos protagonistas, Linus e Wallace, terão uma nova visão sobre a existência a partir do encontro com o enigmático Arthur Parnassus, responsável por um orfanato para crianças extraordinárias, e Hugo, dono de uma casa de chá.  

Viajando mais ao passado, temos as autoras Virginia Woolf e Vita Sackville-West, que embora tivessem relacionamentos heteronormativos em seus casamentos, não deixaram de viver um romance também. Em Virginia Woolf & Vita Sackville-West: Cartas de Amor, o leitor tem acesso a trechos dos diários e da correspondência entre as duas, podendo ver o desenvolvimento de seu relacionamento e de que modo influenciaram uma à outra. Como explica a quadrinista Alison Bechdel na introdução, o livro é a oportunidade de ver as duas autoras definirem, da forma mais deslumbrante possível, o significado do amor e de amar o outro.

Texto por: Heila Lima & Luísa Lacombe

Fonte: Rolling Stone

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