5 dicas para a volta às aulas em 2024

5 dicas para a volta às aulas em 2024

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Em O dia em que você começa, Jacqueline Woodson e Rafael López incentivam crianças a enfrentar as pequenas dificuldades da rotina

Jacqueline Woodson, autora de O dia em que você começa. Créditos: John D. and Catherine T. MacArthur Foundation

Por Seham Furlan

Quem nunca se sentiu excluído durante a formação escolar? Ainda que, enquanto cuidadores, tenhamos passado por situações de marginalização na escola, na vida adulta, pode ser difícil atentar-se para as dificuldades que os pequenos possam estar enfrentando. A comunicação entre adultos e crianças é fundamental para o bom desenvolvimento infantil e a sensibilidade para perceber, por exemplo, casos de bullying pelos quais as crianças possam estar passando.

Em O dia em que você começa, Jacqueline Woodson e Rafael López encorajam as crianças a dar o primeiro passo diante de situações desafiadoras. Separamos 5 dicas ilustradas no livro, que podem ajudar os pais a cuidar dos pequenos durante a volta às aulas, para que tenham, a longo prazo, uma infância prazerosa.

Respeito a diferenças étnico-raciais

Na escola, crianças com diferentes origens passam muito tempo junto. Com o início das aulas, é importante que os pais de crianças brancas ensinem que essas devem respeitar e não praticar bullying contra crianças racializadas.

Igualmente, a comunicação com crianças racializadas é muito importante para saber se essas estão sendo vítimas de algum preconceito no local de aprendizado.

Rafael López, ilustrador de O dia em que você começa, publicado pela Morrinho.
Rafael López, ilustrador de O dia em que você começa. Créditos: Nancy Paulsen Books.

Acolhimento de crianças imigrantes

Jacqueline Woodson e Rafael López narram a história de Rigoberto, uma criança venezuelana que acabou de entrar em uma nova escola. No livro, o garoto sente-se envergonhado pelas risadas por causa de seu sotaque diferente.

Neste início das aulas, destacar a importância do acolhimento com imigrantes é uma boa forma de evitar preconceitos. Novas amizades com crianças de origem estrangeira e nativa pode ser uma boa forma de trocas culturais e novos aprendizados.

Tudo bem não ter viajado nas férias

No início do ano, é comum que educadores realizem exercícios ou incentive as crianças a destacar grandes feitos das férias. Sabemos, no entanto, que nem todas as crianças têm a oportunidade de fazer viagens.

Neste caso, é interessante que os pais e professores validem experiências vistas como “simples”, que podem envolver brincar com irmãos, a leitura de livros, passeios em parques ou visitas a parentes próximos.

Ilustração de O dia em que você começa, de Jacqueline Woodson e Rafael López. Na cena, uma menina é vista segurando sua lancheira vermelha.
Trecho de O dia em que você começa, de Jacqueline Woodson e Rafael López.

É normal ter um lanchinho diferente

O recreio pode ser um momento desafiador no dia da criança. Especialmente na volta às aulas, quando novas crianças inteiram as turmas, procurar um parceiro na hora do lanche pode ser um momento de ansiedade para os pequenos. Além da busca por uma companhia na hora do lanche, as comidas que as crianças trazem pode se tornar motivo de inibição.

Quanto aos pais, é sempre importante acompanhar se as crianças estão tendo a oportunidade de desenvolver um comer normal e, quando necessário, fazer algum acompanhamento nutricional para esclarecimento de dúvidas. De resto, é essencial lembrar que comentar sobre os hábitos alimentares assim como sobre o corpo de outro colega por ser desrespeitoso e desconfortável.

Incluir amigos na hora da educação física

Um dos momentos mais divertidos na semana das crianças é a aula de educação física, quando elas têm a oportunidade de se exercitar e aprender esportes. Esse momento pode ser ainda mais proveitoso quando os pequenos se sentem à vontade para errar com liberdade e são inclusas nos times, sem que sofram bullying por não ser “um bom jogador”.

Em outro episódio ilustrado por Jacqueline Woodson e Rafael López, vemos a sensação de inabilidade de uma das crianças em participar das brincadeiras feitas pelos colegas. Apoiar e incentivar que as crianças pensem mais no próprio divertimento é uma tarefa importante para cuidadores também.

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